Formação dos Estados absolutistas europeus.

05/08/2014 23:47

Formação dos Estados absolutistas europeus.

Utopia é a idéia de civilização ideal, fantástica, imaginária, referindo-se a uma cidade ou um mundo porém em outro paralelo.

Utopia vem de radicais gregos e significa "lugar que não existe".  Utopia foi um termo inventado por Thomas More, um escritor inglês e humanista, que ficou impressionado que Américo Vespúcio contou sobre a ilha de Fernando de Noronha, que foi avistada pelos europeus em 1503. More falou que nessa mesma ilha ele poderia construir uma civilização perfeita.

Para Thomas More, utopia era uma sociedade organizada de forma racional, as casas e bens seriam de todos e não de indivíduos, as pessoas passariam seu tempo livre envolvidos com leitura e arte, não seriam enviados para a guerra, a não ser em situações extremas, assim, esta sociedade viveria em paz e em plena harmonia de interesses.

Utopia pode ser considerada também não apenas a ideia de idealizar um lugar ou uma vida em uma visão fantasiosa, pode ser também um modo otimista de ver o mundo e ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem. Existem também outros tipos de utopia, como a econômica, religiosa, a de políticos e ambientalistas.

A formação dos Estados absolutistas europeus, deu-se no contexto da centralização política na transição do Feudalismo para o capitalismo. 

DEFINIÇÃO SOBRE O ABSOLUTISMO

Absolutismo é uma teoria política que defende que alguém (em geral, um monarca) deve ter o poder absoluto, isto é, independente de outro órgão. É uma organização política na qual o soberano concentrava todos os poderes do estado em suas mãos. 

PERÍODO PREDOMINANTE

Absolutismo foi um sistema político e administrativo que predominou nos países da Europa na época do denominado "Antigo Regime" (correspondente ao período entre os séculos XVI e XVIII).

Os principais teóricos do Absolutismo: Jean Bodin, Jacques Bossuet, Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes.

Nicolau Maquiavel, um dos principais pensadores políticos da Península Itálica no século XVI, foi alto funcionário da chancelaria de Florença e designado para tratar de assuntos externos da República florentina. Sua obra principal, O Príncipe, foi publicada no final de sua vida e reflete o pragmatismo típico de um funcionário que transitou entre as esferas de poder da Europa e conheceu os jogos políticos de seu tempo.

Para conhecer a mentalidade dos círculos intelectuais do período histórico, vamos ler os seguintes textos.

“O príncipe, de todo modo, deverá fazer--se temido, de sorte que, em não granjeando a estima, ao menos evitará ser o alvo de ódios, afinal, é perfeitamente possível a um só tempo fazer-se temido sem fazer-se odiado, o que, aliás, ocorrerá sempre que ele se abstiver dos bens dos seus concidadãos e dos seus súditos, bem como das mulheres destes. E, se ainda precisar atentar contra o sangue de alguém, deverá fazê-lo com uma decorosa justificação e com uma razão manifesta. Mas, sobretudo, deverá ele abster-se dos bens de outrem, visto que os homens não tardam tanto a esquecer a morte de um pai quanto a perda de um patrimônio.”

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Porto Alegre: L&PM, 2006.

ATIVIDADE I

1. Qual a concepção de política presente no texto de Maquiavel?

Texto II

“[...] Os utopianos admiram-se de que os homens possam ser tão seduzidos pelo brilho duvidoso de uma joia ou de uma pedra, quando podem contemplar uma estrela, ou mesmo o próprio sol [...]. Admiram-se ao ouvir que algo tão inútil como o ouro possa ser tão estimado em toda parte, mais até do que o próprio

homem. [...].

Todos convivem harmoniosamente, pois nenhum magistrado é insolente ou cruel comseu povo; na verdade, são chamados Pais por serem realmente dignos de receber tal nome; e o povo, de maneira voluntária, presta-lhes todas as honras devidas, já que nenhuma delas é fruto de imposição. Mesmo o príncipe não recebe nenhuma distinção, seja em sua vestimenta ou por meio de uma coroa, sendo reconhecido apenas por um feixe de trigo trazido à sua frente. Da mesma forma, o pontífice é reconhecido por um círio que é trazido à sua frente. [...]”

MORE, Sir Thomas. Utopia. Disponível em: .

ATIVIDADE II

1. Quais as características da ilha que Thomas Morus relata no trecho anterior?
2. Entre as duas obras estudadas em sala de aula – Maquiavel e Thomas Morus –, qual é a mais pragmática e semelhante à realidade? Justifique.
3. Por que Morus chamou sua ilha de “Utopia”?
 

Havia outras utopias elaboradas na época. Menos eruditas e politizadas, mas tão imaginativas quanto a ilha de Thomas Morus. As idealizações populares, as descrições de sociedades e mundos imaginários eram muito diferentes daquelas feitas pelos círculos intelectuais.

Cocanha 

Reino de Preste João

1 – A FONTE DA JUVENTUDE

Esse mito era recorrente por diversas regiões da Europa. Dizia que aquele que a encontrasse poderia obter cura e vida eterna.

2 – O REINO DE PRESTE JOÃO

Preste João seria o rei de um reino católico na África. Apesar de ser uma lenda, por nunca ter sido encontrado, a história surge de um fato real: a existência de um lugar na África, a Etiópia, onde vivia uma população negra que adotara o cristianismo.

Tal lenda, cujo rei seria descendente de Baltasar, um dos Reis Magos, e inimigo dos muçulmanos, fazia parte do imaginário europeu desde meados do século XII e contribuiu para o processo de Expansão Marítima portuguesa, visto que um dos objetivos do rei de Portugal D. João II era localizar o dito reino.

3 – COCANHA

A Cocanha é um país mitológico, conhecido durante aidade média. Nesta terramitológica, não havia trabalho e o alimento era abundante, lojas ofereciam seus produtos de graça, casas eram feitas de cevada ou doces, sexo podia ser obtido livremente, o clima sempre era agradável, o vinho nunca terminava e todos permaneciam jovens para sempre. Vivia-se entre os rios de vinho e leite, as colinas de queijo (queijo chovia do céu) e leitões assados que ostentavam uma faca espetada no lombo.

Mas qual a razão desses imaginários?

Esses imaginários populares da época, “representou os anseios dos homens pobres do Renascimento e uma recusa obstinada, por meio da imagina, da precariedade da vida”. Que paralelo poderíamos estabelece com o os dias de hoje? Que desafios presente fariam o homem pós moderno buscar refúgio no imaginário e que imaginários seriam estes?

 

 

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